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Como implementar Blockchain em processos financeiros: guia prático

Como implementar Blockchain em processos financeiros: guia prático

30 de jun. de 2025

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A palavra "blockchain" se tornou um termo da moda, mas muitas pessoas desconhecem a tecnologia que o torna revolucionário. Para empresas em busca de transformação digital, o blockchain tornou-se um componente essencial de crescimento e vantagens competitivas.

O que é blockchain?

Blockchain, ou “corrente de blocos”, é uma tecnologia que organiza dados em blocos interligados por criptografia. Essa estrutura garante segurança, integridade e rastreabilidade das informações, facilitando o registro de transações e o monitoramento de ativos em uma rede compartilhada.

Os ativos podem ser tanto físicos, como imóveis, veículos ou dinheiro, quanto intangíveis, como marcas, direitos autorais ou patentes. Em uma rede blockchain, praticamente qualquer item de valor pode ser registrado, rastreado e negociado com mais eficiência, reduzindo riscos e custos operacionais.

A tecnologia promove a imutabilidade e integridade dos dados e oferece automação segura e eficaz ao fluxo de trabalho. Os exemplos de projetos reais da Blockfy destacam as diversas aplicações da tecnologia blockchain, ilustrando seu potencial para transformar diversos setores.

Mas afinal, como dar os primeiros passos com blockchain no ambiente financeiro? Hoje trouxemos um guia que apresenta os fundamentos, as aplicações e um passo a passo para uma implementação bem-sucedida.

Por que blockchain no setor financeiro?

Blockchain é, essencialmente, uma tecnologia de registro distribuído que garante imutabilidade, auditabilidade e descentralização das informações. Essas características a tornam especialmente valiosa em processos que exigem segurança, rastreabilidade e confiança entre partes, como é o caso de transferências, auditorias, validação de identidade, crédito e liquidação de ativos.

Benefícios diretos para instituições financeiras:
  • Redução de fraudes e erros contábeis com registros imutáveis;

  • Corte de intermediários em transações complexas, otimizando custos;

  • Melhora da transparência regulatória com trilhas de auditoria automáticas;

  • Automação inteligente com contratos inteligentes (smart contracts);

  • Liquidação quase em tempo real de pagamentos, títulos ou ativos digitais.

Etapa 1: avalie os processos ideais para aplicar blockchain

Nem todo processo precisa, ou deve, ser migrado para blockchain. O primeiro passo é mapear fluxos que:

  • Envolvam múltiplos stakeholders ou validações cruzadas;

  • Dependam de auditoria frequente ou compliance rigoroso;

  • Tenham alto risco de fraude, erro ou inconsistência de dados;

  • Demandem rastreabilidade ponta a ponta (como KYC, AML ou contratos).

Exemplos de aplicação viável:

  • Registros de identidade e onboarding de clientes;

  • Liquidação de pagamentos e remessas internacionais;

  • Monitoramento de empréstimos e garantias;

  • Tokenização de ativos e custódia digital;

  • Auditoria de movimentações contábeis.

Etapa 2: escolha o tipo certo de blockchain

Existem três modelos principais de blockchain, e a escolha correta depende do uso pretendido:

  • Pública (ex: Ethereum, Bitcoin): qualquer pessoa pode acessar, validar e registrar. Mais descentralizada, mas com menos controle.

  • Privada (ex: Hyperledger Fabric): apenas usuários autorizados têm acesso. Ideal para uso interno ou entre parceiros específicos.

  • Consorciada: gerida por um grupo de empresas com regras pré-definidas. Boa opção para instituições financeiras que compartilham dados ou processos.

Na maioria dos casos corporativos, o uso de blockchains privadas ou consorciadas é o mais recomendado por questões de governança, compliance e desempenho.

Etapa 3: defina os objetivos técnicos e de negócio

Antes de iniciar qualquer integração, responda com clareza:

  • Qual problema você quer resolver com blockchain?

  • Quais métricas serão usadas para medir o sucesso da aplicação?

  • Como essa solução se integra ao seu stack atual de tecnologia?

  • Quais são os riscos regulatórios e operacionais envolvidos?

Essa etapa ajuda a alinhar as expectativas e a justificar o investimento com foco estratégico, evitando iniciativas isoladas ou puramente experimentais.

Etapa 4: desenvolva um MVP (Produto Mínimo Viável)

Comece pequeno, mas com um caso de uso concreto. Um MVP bem estruturado ajuda a validar:

  • O modelo de governança e acesso ao sistema;

  • A performance da rede blockchain (velocidade, custo, escalabilidade);

  • A integração com APIs, ERPs e sistemas legados;

  • A experiência de uso (para clientes e operadores internos).

Ferramentas comuns para desenvolvimento:

  • Hyperledger Fabric (corporativo)

  • Ethereum + Solidity (público e contratos inteligentes)

  • Corda (financeiro)

  • Quorum (versão corporativa do Ethereum)

Etapa 5: considere as exigências regulatórias e de segurança

A implementação de blockchain deve ser pensada com foco em:

  • Compliance com normas locais (como LGPD, Bacen, AML, etc.);

  • Criptografia ponta a ponta e autenticação robusta;

  • Governança de dados (quem acessa o quê, quando e como);

  • Auditorias automatizadas e relatórios compatíveis com reguladores.

Trabalhar com parceiros que já atuam no setor financeiro, como é o caso da Blockfy, ajuda a acelerar essa etapa, pois muitas soluções blockchain já vêm com certificações e frameworks adaptados às normas regulatórias.

Etapa 6: escale com base em resultados

Com um MVP testado e resultados claros, é hora de expandir a aplicação para outras áreas do negócio ou escalar o uso entre parceiros externos. Nessa etapa, a instituição já pode:

  • Criar interfaces amigáveis para usuários e operadores;

  • Adotar smart contracts para automação de regras e fluxos;

  • Estabelecer padrões de interoperabilidade com outras redes blockchain;

  • Avaliar custos versus ganhos reais com dados sólidos.

Blockchain na automação financeira

Blockchain não é uma solução mágica, mas quando bem implementada, pode transformar os processos financeiros, trazendo muito mais eficiência, segurança e inovação.

Mais do que uma tendência, trata-se de uma infraestrutura que pode se tornar padrão nos próximos anos, à medida que o sistema financeiro global caminha para uma maior digitalização, descentralização e interoperabilidade.

Quer explorar soluções em blockchain no setor financeiro?

Fale com nossos especialistas e descubra como essa tecnologia pode impulsionar a transformação digital da sua instituição.

Segunda a sexta das 08h às 12h e das 13h às 18h, horário de Brasília (GMT-3), exceto feriados.

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